Cólica, querida e doce cólica.



Diferente do que possam vir a pensar isso não é um suplicio e muito menos um texto triste de uma pobre menina que começou a vida a pouco tempo... 

Acordo em um dia sem qualquer resquício de inspiração e uma dor do cão, não daquelas dores de coração por estar com saudade, nem aquelas dores de garganta que da vontade de gritar por não ter dito algo que gostaria em algum momento, não não não, era cólica mesmo... e que cólica. 

Sei que na maioria das vezes os temas são muitas vezes limitados. Todo mundo se emociona com a vida e ama amar, mas hoje infelizmente, infelizmente e dolorosamente, venho aqui falar mesmo da minha cólica.

Essa dor meus caros, antecede a calmaria, e procede a um turbilhão de sentimentos que nem nós mesmas sabemos, acordamos com cara de doente por dias, e ficamos tentando concertar cada milimetro do nosso corpo ao longo do dia e não ousem dar um bronca ou qualquer coisa com um tom de voz mais alto que o normal, vocês não iriam gostar de nós ver chorar e talvez até rir compulsivamente, ou os dois juntos. 

Depois desses dias terríveis vem essa dor cruel, que é um tanto pior que dor de bolso ou dor de amor, a cólica meus queridos não tem piedade da pobre alma das mulheres, aperta e soca o útero como se fosse a maior lutadora de UFC da história, talvez seja um castigo por todas as loucuras que procedem a dor, talvez seja o único jeito de nos deixar caladas, e trocar o socos na parede por mordidas no travesseiro e risadas irônicas ao ter que fazer alguma atividade normal da vida.

Sinto muito meus queridos, mas nessas horas me traga logo o remédio e NÃO grite comigo, muita delicadeza por favor. 

                                                                                                                            Lectícia Péttine

Foto feita por Vinícius Péttine, meu irmão. O cabra macho que mais aguenta meus gritos, tapas, choros, risos e abraços logo após uma briga histérica das que eu falo sozinha.  



Comentários

Postagens mais visitadas